Setembro: Ibeji

Como estamos em Setembro e neste mês se comemora o dia de São Cosme e Damião, também conhecidos como Ibeji, vamos falar alguns fatos rápidos sobre este orixá.

A festividade de Cosme e Damião se dá com muitos doces, pirulitos, brinquedos e tudo mais que poderia alegrar uma criança. Geralmente é comemorada no dia 27 de Setembro.

Dia da semana: Domingo
Cores: Rosa e branco
Símbolos: Dois bonecos gêmeos, 2 cabacinhas, brinquedos
Elemento: Ar
Plantas: Jasmim, maçã, alecrim, rosa
Animais: Passarinhos
Metal: Estanho
Comida: Cocada, balas, doces, frutas, etc.
Bebida: Guaraná, suco de frutas
Domínios: Parto, infância, amor, pureza. Ajuda nas questões familiares, crianças, uniões e cura, bem como nas questões onde a simplicidade no pensar pode ajudar a resolver a situação.
Orixá: É um orixá duplo, da infância e da alegria.
Características: Alegria, otimismo, brincadeiras, esperto, trabalhador, imaturo, voraz, dualidades.
Local para oferendas: Jardim

Saiba cantar os pontos de crianças. Veja mais aqui.

Orixás e as personalidades de seus filhos

Filhos de Oxalá
Aspectos positivos: Criativos, generosos, inteligentes, calmos, suaves, paternais, sábios, justos.
Aspectos negativos: Lentos, mandões, procrastinadores, teimosos, ranzinzas, resmungões.

Filhos de Yemanjá
Aspectos positivos: Maternais, amorosas, inteligentes, disponíveis, trabalhadoras, sensitivas, bonitas, corajosas, sutis, elegantes.
Aspectos negativos: Manhosas, choronas, faladeiras, nervosas, revoltadas, dissimuladas.

Filhos de Ogum
Aspectos positivos: Impetuosos, cautelosos, trabalhadores; são como soldados que vão sempre em frente, arriscando-se para atingir um objetivo, são sinceros e francos e quando são amigos é pra valer; defendem seus amigos com unhas e dentes sem pensar duas vezes.
Aspectos negativos: Autoritários, desconfiados, briguentos e impulsivos, não perdoam a uma ofensa, são arrogantes, não medem as palavras e ofendem sem querer, pela sua maneira de sempre dizerem o que sentem.

Filhos de Oxóssi
Aspectos positivos: Provedores, astutos, pacientes, espertos, corajosos, ágeis, belos, determinados, atingem seus objetivos, intuitivos.
Aspectos negativos: Andarilhos, furtivos, volúveis, instáveis, infantis, ingênuos, dependentes.

Filhos de Iansã / Oyá
Aspectos Positivos: Sinceras, amigas, rápidas, ativas, trabalhadoras, livres, lutadoras, companheiras, diretas, objetivas, francas, sensuais, liberais.
Aspectos Negativos: Tagarelas, volúveis, nao-maternais, assanhadas, encrenqueiras.

Filhos de Exu
Aspectos positivos: Alegres, brincalhões, rápidos, prestativos, sensuais, inteligentes, estrategistas.
Aspectos negativos: Preguiçosos, beberrões, mulherengos, farristas, inconstantes, mentirosos.

Filhos de Ossain
Aspectos Positivos: Poder de cura, raciocínio dedutivo, talento para pesquisa, solidários, inteligentes, misteriosos, constantes.
Aspectos Negativos: Misterioso. Especulativo, escrutinizador, feiticeiro, inclinação para vícios.

Filhos de Obaluaiê / Omolu
Aspectos positivos: Sério, honesto, econômico, responsável, curador, solidário, verdadeiro, amigo, corajoso.
Aspectos negativos: Ranzinza, taciturno, pessimista, inseguro, vingativo

Filhos de Xangô
Aspectos Positivos: Fortes, corajosos, poderosos, justos, sedutores, ricos, inteligentes, estrategistas.
Aspectos Negativos: Vaidosos, obesos, coléricos, covardes, mulherengos.

Filhos de Oxum
Aspectos Positivos: Meigas, doces, inteligentes, sensuais, atraentes, belas, maternais, videntes, intuitivas.
Aspectos Negativos: Falsas, dissimuladas, vaidosas, matreiras, competitivas, ardilosas.

Os guias da Umbanda

Além dos bastante conhecidos caboclos, pretos-velhos e crianças, na Umbanda se conhece uma série de outros guias, cada qual com suas origens e peculiaridades. É interessante observar que alguns médiuns incorporam todas as linhas. Outros, apenas algumas (as que sentem afinidade).

As linhas de Umbanda variam de acordo com o padrão vibratório da gira. Em uma gira, normalmente as incorporações são homogêneas, ou seja, todos os médiuns costumam incorporar entidades as quais estão sendo chamadas, ou seja, em uma gira de caboclos, normalmente não se vê incorporar um baiano.

Os Caboclos
São os índios brasileiros, que habitavam nosso país antes da chegada dos colonizadores. Eram sociedades fechadas que viviam em tribos. Diferente da nossa realidade hoje, a figura da posse nessas tribos era praticamente inexistente. Tudo era compartilhado entre todos. Eram sociedades simples e puras.
Os caboclos caracterizam-se por sua postura ereta, força e coragem. Sábios na magia natural, conhecem bem os segredos da natureza. É comum ao incorporar, que os caboclos emitam seus gritos típicos, alguns parecendo pássaros, outros em linguagem indígena, outros lembrando animais. É a comunicação e saudação do povo da mata. Os gritos de guerra também servem para afastar as energias ruins, purificando e iluminando os seres da terra.

Os Pretos-Velhos
Amplamente conhecidos na Umbanda, diz-se da origem dos velinhos os povos africanos que foram trazidos para o Brasil à força para trabalharem como escravos. Eram forçados a trabalhar de sol à sol em diversas atividades, muitas vezes humilhados, feridos e mal-tratados.
Apesar de todas as dificuldades, nunca deixaram sua fé de lado, sempre lutando pela vida. Na capacidade dessas entidades em perdoar seus algozes, nasce a tremenda força caridosa dos pretos-velhos.
A figura dos velhos feiticeiros conhecedores de rezas e de encantamentos poderosos, capazes de realizar milagres, foi o arquétipo ideal para atrair para a religião nascente milhares desses espíritos.
Podemos dizer que os pretos-velhos têm como características principais a humildade, caridade e sabedoria. São ótimos conselheiros e muito carinhosos, bem como excelentes feiticeiros que podem realizar encantamentos de muita força.

As Crianças
As crianças nos surpreendem pela simplicidade, sinceridade, ternura e amor. Ao contrário do que se pode pensar, as crianças não são crianças desencarnadas com pouca idade. São arquétipos de pureza, sinceridade e amor incondicional que suportam os pilares desta linha na Umbanda.
Fundamentados na inocência, franqueza e ingenuidade, apóiam suas faculdades na figura da criança, ou seja, no ser infantil.
Podemos dizer que por trás dos arquétipos das crianças existe a força das mães e pais Orixás, que sustentam seus filhos, guardando-os e zelando por sua integridade.

Os Baianos
Com um artigo deste site dedicado exclusivamente para estas entidades, podemos dizer de forma simples que são os espíritos que alinham-se com as características do arquétipo nordestino. Os baianos são calmos, ótimos ouvintes, sempre alegres e felizes.
Dançando e sorrindo, a alegria do movimento transforma essa entidade em um fluxo contínuo de energia suave. São fortes e perseverantes, como o povo que representam.
São pacientes, mas não levam desaforo para casa. Trabalhadores e dedicados, fazem o possível para ajudar aqueles que procuram seu auxílio.

Os Boiadeiros
Espíritos que se manifestam formando a linha dos caboclos boiadeiros. Típicos da região sul do país, são valorosos, geralmente de poucas palavras, sisudos, mas de muita ação. São espíritos que, quando encarnados, eram tocadores de boiada, pastores, etc.
Laço e chicote são instrumentos de seus trabalhos mágicos, e eventualmente usam colares e pedras para trabalhar. É a figura do peão sertanejo, que entram para cortar e combater as magias negativas.
São espíritos que utilizam seus conhecimentos ocultos auxiliando as pessoas nas fazes difíceis de suas travessias pela evolução na matéria.
Diz-se que a maioria desses espíritos já foram exus, que por meio da evolução tornaram-se caboclos boiadeiros para continuar a prestar a caridade e evoluírem mais ainda.

Os Marinheiros
São espíritos que nas últimas encarnações viveram no mar, do mar ou para o mar. Alguns eram navegantes, outros pescadores, mas sempre de certa forma ligados ao mar. Alguns navegaram sobre o mar, outros foram arrastados para dentro dele e transportados para outro lugar, outros submergiram nas suas águas profundas. Podemos incluir também os povos ribeirinhos, ex-piratas, soldados marinheiros, etc.
Ser marinheiro na Umbanda é ajudar utilizando os recursos ocultos da força das águas. Ao se manifestarem, se movimentam como se estivessem em alto mar. Por estarem fortemente influenciados por Yemanjá, o magnetismo dela faz com que tenham esses movimentos de ondas do mar.
É comum vermos os marinheiros fazendo uso de bebidas alcoólicas (rum principalmente), pois caso contrário poderiam consumir muita energia do médium que os abriga. Assim como o álcool tira o equilíbrio das pessoas, aos marinheiros em terra firme, ajuda à equilibrá-los.
São simples, geralmente muito alegres, conversam bastante e dão sábios conselhos. São fortes e usam os poderes ocultos das marés para fazer seus trabalhos.

As Sereias
Essa entidade meio peixe, meio humana caracteriza-se pela afinidade com as águas. Geralmente, as sereias, quando incorporadas, não falam. Emitem um som característico que parece um canto, e entoam este mantra enquanto realizam seus trabalhos.
Longe da mitologia, estas entidades não visam atrair pessoas para o fundo do mar. Estes conceitos nasceram nas sociedades antigas com o uso do folclore da época.
Como principal característica das sereias, podemos dizer que esta entidade tem como principal função da limpeza. São extremamente fortes neste tipo de trabalho, arrastando para o fundo do mar todo o negativo e as forças em desequilíbrio.

Os Exús
Estas entidades não podem ser descritas em poucas linhas, já que são amplamente incompreendidas e muitas vezes temidas do modo errado. As entidades de esquerda são entidades em evolução, que estão dispostas a praticar a caridade para crescer na rede da evolução.
Os exús são na maioria das vezes responsáveis pelos descarregos, especialistas em transportar as energias ruins para lugares seguros. Trabalham muito próximo do padrão vibratório do ser humano, portanto é facilmente percebida a melhora depois de um descarrego com um exú.
Isso não os invalida como sábios conselheiros, porém, não costumam poupar seus ouvintes. Falam o que precisam falar, e muitas vezes pode causar alguns pequenos constrangimentos. Mas devemos ver esta situação como "o que precisamos ouvir", e refletirmos sobre o que nos foi falado.
São fortes representantes da matéria, e podem ajudar a abrir caminhos nas mais diversas áreas da vida.

A Pomba-Gira
Amplamente confundidas com seres inferiores, assim como o Exú as Pombas-Giras são entidades em evolução, que praticam a caridade para elevar seus conhecimentos. Enquanto encarnadas, podem ter sido mulheres à toa, vadias, prostitutas ou simplesmente mulheres que viviam da beleza ou do prazer.
São excelentes conselheiras sentimentais, ajudam nos relacionamentos e demais questões da vida. Como os exús, sua vibração é bem próxima da vibração do ser humano, e costumam dar ótimos conselhos, mas muitas vezes falam com tanta sinceridade e objetividade que pode chocar aqueles que buscam sua ajuda. Assim como as palavras do exú, devemos refletir e aprender com o conhecimento delas.
Vaidosas, costumam usar perfumes, joías e balangandans, beber champagne e soltar suas típicas gargalhadas. Trabalha, em sumo, na linha dos desejos, do encanto e da fascinação.

O Exú-Mirim
Ao contrário do mito, essas entidades não são crianças malvadas desencarnadas enquanto ainda jovens. Assim como a linha das crianças na direita, a linha de exú-mirim vem balancear as forças, criando o equilíbrio polar necessário na natureza. Já foram encontrados algumas entidades nesse arquétipo que eram "pigmeus".
Assim como as crianças, estes espíritos fazem parte do "encantado", e trabalham como os exús, somando as características ocultas das crianças.
Juntamente de exú e da pomba-gira, o exú-mirim completa a trindade na esquerda, trazendo o equilíbrio para as forças naturais, polarizando para que haja o equilíbrio entre direita e esquerda.

Baianos da Umbanda

Os divertidos guias do Nosso Senhor do Bonfim estão sempre dispostos para ajudar. A sociedade criou rótulos onde todo oriental é "japonês" e todo nordestino é "baiano". Não devemos levar em conta o estigma social nem no dia-a-dia, quanto menos no plano espiritual.

Há décadas, principalmente perto dos anos 50, houve uma grande imigração para as cidades grandes do sudeste do país, onde muitos nordestinos vieram trabalhar, muitas vezes em construções civis e indústrias, sendo rotulados de "peões" urbanos.

No imaginário dessas cidades, o nordestino ficou associado à imagem do trabalho duro, pobreza, analfabetistmo, vida precária, o "brega". Com o grande volume demográfico nessa cidade, levam a culpa pelo ônibus lotado, falta de emprego e muitos outros males da cidade. É comum ouvir comentários pejorativos como "isso é coisa de baiano", ou "que baianada!".

Na Umbanda, os baianos cumprem um papel muito diferente, do que levar a culpa pelos males metropolitanos. Não tem nada de "inferior" ou "subalterno". São seres de muita força e luz, muito carismáticos e excelentes ouvintes. Não devemos dar ouvidos ao preconceito nem no mundo material, nem no mundo espiritual. Cada indivíduo e cada entidade são parte da existência, e empregam cada um o seu papel.

Apresenta-se como uma entidade alegre, irreverente e com fortes traços de bravura. São alegres e muitas vezes teimosos, hoje em dia muito procurados nas giras de Umbanda por toda a cidade por muitas pessoas.

Uma curiosidade na literatura técnica é que os baianos da Umbanda mesclam características de direita e de esquerda, criando um balanço muito agradável e positivo. Nas giras, apresenta-se com traços bastante característicos, como o jeito melodioso de falar, nas danças, e geralmente "não levam desaforo para casa".

Um dos principais traços dos baianos da Umbanda é sua capacidade de ouvir. Geralmente conversam muito com aqueles que buscam seu auxílio, falando manso e baixinho, muito carinhosos e de uma empatia extrema. Passam muita alegria e confiança aos que tem fé e buscam seu auxílio.

Os baianos da Umbanda são doutrinados: comedidos, não xingam, não falam palavrões, não provocam e suas brincadeiras são irreverentes e bastante sutis. Incorporam geralmente de forma suave, e estão fortemente ligados ao ritmo musical. Os baianos geralmente gostam de dançar e o movimento dessas entidades é transmitida para os médiuns, que na incorporação traduzem os passos das melodias regionais.

Trazem muita paz, carinho, amor e perseverança para nos ajudar a trilhar nossos caminhos na nossa vida terrena. Salve o povo da Bahia!

Exú e Pomba-Gira da Umbanda

É comum as pessoas confundirem o trabalho dos exús e das pombas-giras na Umbanda. Estas entidades são não raramente confundidas com demônios, espíritos malignos e de vibração inferior. Ao ver uma gira de esquerda, muitos que ainda não conhecem o verdadeiro poder dessas entidades se assustam com as feições, risadas e maneira de falar dos fortes guias de esquerda.

Como disse uma mãe-de-santo muito conceituada: "Não é o exú ou a pomba-gira que são maus. O ser humano é que é."

Sabias palavras, pois o exú ou a pomba-gira não agem sozinhos. A maldade do ser humano é quem pode dar a direção errada a estes espíritos, e então são confundidos com entidades do mal. Um médium despreparado ou mal intencionado pode conduzir as forças não só dessas entidades como de muitos outros espíritos que nos cercam para realizar coisas ruins.

O exú e a pomba-gira são espíritos em busca de evolução, compromissados com a espiritualidade superior. Os médiuns bem preparados são um ótimo caminho para que as entidades de esquerda trabalhem, aprendam e pratiquem a caridade de forma correta, alinhada, com a única vontade de fazer o bem ao próximo.

São entidades de muita força, geralmente ligadas às forças básicas. Quem já passou por uma gira de esquerda sabe que um descarrego feito por um exú é como "tirar com as mãos" aquela sensação pesada das nossas costas.

Encarregados de transportar as forças, essas entidades são simples no falar e no agir. Muitas vezes são tão diretas que nos assustam ao falar. Algumas vezes, ouvimos coisas que não queremos ouvir, mas suas mensagens são apropriadas para o momento e devemos refletir sobre o que nos disseram.

A imagem associada às entidades que fumam e bebem, dançam e giram e por vezes soltam suas risadas não significa que essas entidades são zombeteiras e que procuram fazer o mal. A bebida e o fumo são fetiches, catalizadores da energia espiritual dessas entidades em nosso mundo, fazendo o seu trabalho através de coisas materiais, assim como qualquer entidade usa o corpo do seu médium para trabalhar. Vale lembrar que isto não é uma regra: Nem todo exú ou pomba-gira fuma ou bebe. Isso não os faz menos poderosos. Cada entidade tem sua forma de trabalhar, que deve ser respeitada.

Muitos confundem exús e pombas-giras com obsessores. Estes espíritos não podem e não devem ser classificados como exús. Geralmente, a própria pessoa que está com este tipo de perturbação é que dá vazão para a aproximação de espíritos inferiores, que drenam sua energia com base nas suas tristezas, vícios, raiva, ódio, sentimentos inferiores. Antes de colocar a culpa das perturbações em um espírito, as pessoas devem avaliar-se primeiro, suas condutas, seus pensamentos, seus desejos.

No veio dos pensamentos de cada um temos pensamentos bons e pensamentos ruins. É natural do nosso livre arbítrio. Cabe a nós, a cada dia, a cada momento, decidir o que queremos ser, o que queremos seguir. Dar vazão aos pensamentos bons nos faz agir de forma boa, positiva. Com isso, atraímos forças boas que a cada dia vão nos abençoar e nos iluminar, gerando um ciclo de aproximação de bons espíritos, mostrando um caminho de luz e paz.

Se nos voltarmos ao nosso lado escuro, os pensamentos ruins, o ódio, raiva, ciúmes, rancor, estamos atraindo energias similares. Estas vão criar uma aura ao nosso redor com as energias similares à que estamos vibrando. Cabe a cada indivíduo escolher o caminho que deseja seguir.

Ao procurar um descarrego, a pessoa deve ter em mente que o trabalho não começa e nem termina ali. O exú fará a limpeza, levará o que puder levar e com certeza a pessoa sentirá uma melhora imediata. Mas isso não significa que está tudo bem e que podemos voltar a nossa vida de pensamentos ruins.

Se não pensarmos positivamente e atrair energias boas, não será em muito tempo que as sensações de perturbação voltarão e muitos vão pensar que o descarrego "não deu certo". Certamente, a entidade fez a parte dela. Falta fazermos a nossa.

Na Umbanda não se sacrificam animais. Esta prática não é da nossa religião e não está afinada com o objetivo dos trabalhos. Nenhuma entidade de esquerda na Umbanda vai pedir um sacrifício de um ser vivo.

Nem Exú nem a Pomba-Gira fazem amarrações para o amor. Não prometem que vão trazer a pessoa amada em determinado número de dias. O respeito ao livre arbítrio é uma condição celestial e nenhuma entidade da Umbanda está autorizada a interferir nas escolhas de outrem para o benefício de um.

Claro, se você tem problemas sentimentais, dificuldade para encontrar um relacionamento ou estabelecer relações, você pode pedir ajuda! Uma Pomba-Gira certamente ficará honrada em trazer sua luz para seu caminho, energizando e abrindo caminho para que você encontre o seu caminho, na forma de seu merecimento.

Não tenha vergonha de pedir ajuda. O primeiro passo para conseguir o que você precisa é reconhecer que precisa disso, e que ajuda é bem-vinda. Procure seu centro de confiança, avalie, pergunte, e converse com os guias que você gosta. Eles poderão te orientar e iluminar seus caminhos para que seus anseios sejam resolvidos.

Lembre-se que nem tudo que desejamos podemos ter. Na Umbanda (e não só nela), vale a lei do merecimento. Alguns desejos estão além do que podemos ter no momento, e é sábio aquele que reconhece que alguns fardos são para nosso próprio aprendizado. Quanto mais rápido aprendermos, mais rápido passamos para o próximo passo.

Com isso, saúdo os Exús e as Pombas-Giras na sua formosidade, simplicidade e dedicação para ajudar nós, os seres humanos, a alcançar mais um nível na compreensão universal e seguirmos em paz pelo nosso caminho.

Caboclos da Umbanda

Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.

Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.

Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas virações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua. Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porêm em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã.

Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.

Embora existam diferenças entre os nomes encontrados por diferentes pesquisadores para as entidades, em relação as suas Vibrações Originais, apresentamos a seguir uma relação que nos parece a mais próxima de uma realidade:

Caboclos de Ogum
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço

Caboclos de Xangô
Araúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.

Caboclos de Oxóssi
Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.

Caboclos de Omolu
Arranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d'água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.

Caboclas de Iansã
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira

Caboclas de Iemanjá
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d'Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente

Caboclas de Oxum
Iracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê

Caboclas de Nanã
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu

Ponto de Crianças

Vovó, me traz um balão
com todas as crianças que tem lá no céu
Tem doce, vovó
Tem doce, vovó
Tem doce lá no jardim

***

Papai, me manda um balão
com todas as crianças que tem lá no céu
Tem doce, papai
Tem doce, papai
Tem doce lá no jardim

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Prece de Cáritas

Deus, nosso Pai, que sois todo poder e bondade, dai forca àquele que passa pela provação; dai luz àquele que procura a verdade, pondo no coração do homem a compaixão e a caridade.

Deus, dai ao viajor a estrela guia; ao aflito a consolação; ao doente o repouso. Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor, que a vossa bondade se estenda sobre tudo que Criastes. Piedade Senhor, para aqueles que não vos conhecem, esperança para aqueles que sofrem. Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.

Deus, um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra. Deixa-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós como um grito de reconhecimento e amor.

Como Moisés sobre a montanha, nos Vós esperamos com os braços abertos, oh! Poder... oh! Bondade... oh! Beleza... oh! Perfeição, e queremos de alguma sorte alcançar a Vossa misericórdia. Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós.

Dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas, o espelho onde deve refletir a Vossa Santa e Misericordiosa imagem.

Saudações da Umbanda

Algumas saudações utilizadas aos Orixás:

Ogum: Ogum iê

Oxóssi: Okê Arô Oxóssi / Okê Caboclo

Yemanjá: Odoiá minha mãe

Iansã: Eparrei Iansã

Nanã: Salubá

Oxum: Orá ieiê / Aiêieu Mamãe Oxum

Xangô: Kaô cabecilê

Oxalá: Zambi é meu pai / Epê Epê Babá

Omolu: Atotô meu senhor

Ibeji: Oni beijada

Exú: Laroiê / Mojubá Exú

Termos da Umbanda

Muitas pessoas têm dificuldades de entender o que os guias falam durante as consultas, portanto, resolvi listar alguns termos comuns para facilitar o seu entendimento. Lembre-se: você pode perguntar sempre! Tanto à entidade que vai tentar explicar o que ela quer dizer, quanto aos cambonos (ajudantes) que ficam junto do atendimento.

Alguidar, aguidá: Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.

Amaci:
Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água, deixando repousar durante sete dias. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns.

Aparelho:
É o médium de incorporação.

Aruanda:
Céu, onde vivem os Orixás e entidades superiores.

Baixar:
O ato da incorporação em um médium.

Banda:
Lugar de origem de uma entidade.

Burro:
Termo utilizado pelos Exús para designar um médium de incorporação.

Calunga grande:
O mar.

Calunga pequena:
O cemitério.

Cambono:
Ajudante nas sessões de Umbanda, assessorando as entidades, médiuns e consulentes.

Carregado:
Indivíduo com energias ruins, más vibrações espirituais.

Caruruto:
Charuto.

Cavalo:
Uma outra maneira de se referir aos médiuns de incorporação.

Cazuá:
Casa, terreiro, templo, local.

Congá:
Altar (também falado como "gongá")

Dar passagem:
Ato do Orixá ou da entidade deixar o médium para que outra entidade nele incorpore.

Descarregar, descarrego:
Ato de livrar alguém das vibrações ruins, renovando suas energias.

Descer:
Outro nome para o ato de incorporação.

Desenvolvimento:
Aprendizado dos iniciados para a melhoria da sua capacidade mediúnica, com a finalidade da incorporação de entidades.

Despachar, despacho:
Fazer uma oferenda, geralmente para Exú.

Entidade:
Seres espirituais da Umbanda.

Falange:
Legião, linha de seres espirituais dentro de uma mesma corrente.

Filho de fé:
Médium, iniciante ou não.

Firmar:
Concentrar-se.

Firmar o ponto:
Cantar coletivamente um ponto (cântico) a fim de conseguir melhor concentração e vibração.

Fundanga:
Pólvora.

Gira:
Sessão religiosa da Umbanda.

Gongá:
Altar.

Guia (1):
Colar ritualístico especial para cada entidade.

Guia (2):
Entidade espiritual.

Guia de cabeça, guia de frente:
Principal entidade de um médium, seu protetor.

Incorporação:
"Transe" para a conexão do médium com uma entidade.

Linha:
Faixa de vibração de uma entidade.

Marafo:
Aguardente, termo geralmente usado pelos Exús.

Matéria:
Corpo, parte material do ser humano.

Mironga:
Segredo, mistério.

Morador, moradô: Casa, lugar onde você mora.

Passe:
Ato pelo qual a entidade utiliza de seus mistérios e energias para purificar e tratar o consulente, afastando os males provocados por vibrações negativas.

Patuá:
Amuleto que se leva no pescoço ou na roupa para alguma finalidade específica.

Pemba:
Espécie de giz, de forma ovalada, em diversas cores. Geralmente utilizado para riscar pontos e também como parte dos passes.

Pito:
Cachimbo, geralmente utilizado pelos Pretos-velhos.

Ponto:
Cântico utilizado para concentração e invocação das energias.

Ponto de abertura:
Para iniciar uma gira (sessão)

Ponto de chamada:
Para invocar entidades

Ponto de defumação:
Cantado enquanto é feita a defumação da casa, dos médiuns e das pessoas presentes.

Ponto de subida: Cântico para ajudar a entidade a deixar o médium.

Ponto riscado: Desenho místico formado por diferentes signos, geralmente riscados com a pemba. Usado para invocar entidades. Quando desenhado pelo médium incorporado, identifica sua entidade.

Puxar um ponto:
Iniciar um cântico.

Quartinha:
Uma espécie de vasilha de barro.

Tuia:
Pólvora.

Toques de Atabaque

Utilize o player abaixo para ouvir alguns toques de atabaque utilizados nas giras de Umbanda.

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Ponto Caboclo Sete Flechas

Êeee ere re rere rera
Êeee caboclo Sete Flechas no Gongá

Saravá seu Sete Flechas
Ele é o rei das matas
A sua bodoque atira ô paranga
Sua flecha mata

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Ponto Caboclo Flecha Dourada

Caboclo vai, caboclo vem
Caboclo flecha dourada que vem
(2x)

Mas ele é caboclo da mata
É flecha dourada que vem
(2x)

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Hino da Umbanda

Refletiu a luz Divina
Em todo seu esplendor
É no reino de Oxalá
Onde há paz e amor

Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar

A Umbanda é paz e amor
É um mundo cheio de Luz
É força que nos dá vida
E à grandeza nos conduz

Avante, filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá...

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Ponto Caboclo Arranca-toco

Caboclo Arranca Toco,
A tua luz é minha guia,
Tu és Oxóssi,
És filho da Virgem Maria,
A tua luz ilumina no escuro,
Todos os filhos do Terreiro,
Estão seguros.

Ponto Fecha-gira

Eu fecho a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu fecho a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Eu fecho a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu fecho a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Fechou, fechou, fechou
Fechou deixa fechar
Com as forças da Jurema
Jurema Juremá

Ponto de Defumação

Corre gira Pai Ogum
Filho quer se defumar
Umbanda tem fundamento
É preciso preparar
Com arruda e guiné
Alecrim e alfazema
Defumar filhos de fé
Com as ervas da jurema

***

Defuma com as ervas da Jurema
Defuma com arruda e guiné
Alecrim, benjoim e alfazema
Vamos defumar filhos de fé

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Ponto Senhor Tranca-Ruas

O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
Deu Meia Noite o Galo Já Cantou
Seu Tranca Rua Que é o Dono da Gira
Oi Corre Gira que Ogum Mandou

O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
Deu Meia Noite o Galo Já Cantou
Seu Tranca Rua Que é o Dono da Gira
Oi Corre Gira que ogum Mandou

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Pontos de Pretos-velhos

Pai Joaquim, cadê Pai Mané
Tá lá nas matas colhendo guiné
(2x)
Diga a ele, que quando vier
Que suba as escadas, não bata o pé
(2x)

***

Quem vem lá
Sou eu, sou eu
Quem vem lá
Sou eu, Rei de Congo
Quem vem lá
Quem vence demanda
Filha de Congo é Maria Redonda

***

Minha agulha, minha dedá
Quem não tem agulha, pra que qué dedá

***

Eu tinha sete canoas,
Maré levou pro fundo do mar,
Eu rezei uma ave-maria
Minhas sete canoas voltou pro lugar.

***

Estava saravando no congá de Pai Miguel,
Vi uma ave tão linda
Era uma ave tão linda, mamãe,
Era uma ave tão linda minhas almas
Era uma Ave-Maria.

***

Mas meu pai Miguel
Quando vem lá de Aruanda
Traz as bençãos de Sant'Ana
Pros filhinhos do congá
Ele é uma velho bom,
Isso eu não posso negar.
Ele é um doce de côco
Quem tem nesse jacutá

***

Saravá meu preto velho
Saravá sua coroa
Falange de preto-velho
É quem faz mandinga boa.
Embala eu vovô,
Embala eu
Embala eu vovô,
Sou filho seu.

***

Como minhas almas não tem,
Como minhas almas, não há
Procuro de vela acesa
É dificil de se encontrar.

***

Ela é mirongueira,
Ela é da Bahia
Quer saber seu nome criança,
É Tia Maria.
Oi na sua rosário tem
E na sua guia,
Tem uma conta criança,
Da Virgem Maria.

Pontos de Caboclo

Foi Zambi quem criou o mundo,
Só ele pode governar
Foi ele quem criou a lua,
Que clareia as matas,
Lá na juremá.
Okê. okê, okê
Okê meus caboclos, okê.

***

Oxalá mandou, ele mandou buscar,
Os caboclos da Jurema, Foi lá no Juremá,
Mandai mandai,
minha cabocla Jurema, mandai os seus capangueiros,
pra cumprir ordem suprema.

***

Oh! Jureminha, Urubatão está chamando
na sua mata linda, uma coral piou.
Afirma ponto oh Jurema
Rainha do Juremá
É uma linda caboclinha
Filha de Tupinambá!.

***

Ela é Jurema
Lá do lago azul
Tem o seu capacete dourado
E o seu saiote é azul
E no seu diadema ela traz
Firmação do cruzeiro do sul.
E seu pai é o sol, oi paramba
Sua mãe é a lua , oi paramba.

***

Eu entrei na mata virgem
Me perdi pus a rezar
Apareceu logo um caboclo
Que queria me ajudar
Eu perguntei
Quem ele era
Ele me disse eu sou o Caboclo Nazaré.

Pontos de Nanã

Desenrola o tapete
Que ai vem Nanã, auê.
Saravá Mamãe Oxum,
Saravá Iemanjá,
Saravá Mamãe Sereia
Ela é a Rainha do Mar.

***

Senhora Sant'ana
Quando andou pelos montes
Por onde passava
Deixava uma fonte
Os anjos diziam ao beber água nela
Que água tão pura,
Senhora tão bela.

Pontos de Ogum

Ogum Beira Mar
O que trouxes do mar ?
Ogum Beira Mar
O que trouxes do mar ?

Quando ele vem
Beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
A guia de Mamãe Sereia
Quando ele vem
Beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
A guia de Mamãe Sereia

***

Se meu pai é Ogum
Vencedor de demanda
Ele vem de Aruanda
Pra salvar filhos de umbanda

Ogum, Ogum Iara
Ogum, Ogum Iara
Salve os campos de batalha
Salve as sereias do mar

Ogum, Ogum Iara
Saravá Ogum, Ogum Iara

***

Que cavaleiro é aquele
Que vem cavalgando pelo céu azul
É seu Ogum Rompe Mato
Ele é defensor do cruzeiro do Sul

E e e
E e aaaa
E e e seu Ogum
Pisa na Umbanda
E e e
E e aaaa
E e e seu Ogum
Pisa na Umbanda

***

Olha que barco bonito
Que vem navegando em pleno mar
É seu Ogum Sete Ondas
Que vem ao encontro
De Ogum Beira Mar

***

Ogum em seu cavalo corre
e a sua espada reluz
Ogum, Ogum Megê
Sua bandeira cobre os filhos de Jesus
Ogunhiê

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Pontos de Yemanjá

Yemanjá é uma Deusa,
é uma Rainha, Mas ela é dona das águas do mar
Odoiá, oh doce Iabá
Doce mãe, me ajude a trabalhar

***

Mãe sereia,Mãe sereia
me ajude a trabalhar
Quando eu vim passei na areia
Quando vou passo no mar.

***

Yemanjá, iê iê iê Yemanjá
Rainha das ondas, sereia do mar

Mãe d'água, peça a Ogum
Peça a Ogum, pra nos ajudar

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Pontos de Xangô

Pedreira da mata virgem
Onde mora meu pai Xangô
Água minou, Nanã Buruquê
Pedra rolou, saravá Pai Xangô

***

Dizem que Xangô,
Mora na pedreira
Mas não é lá,
Sua morada verdadeira.
Xangô mora numa cidade de luz,
Onde mora Santa Bárbara, Oxumaré e Jesus.

***

Quem rola pedra na pedreira é Xangô
Xangô do acarajé, do acarajé

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Pontos de Oxóssi

Caboclo da mata trabalha
Com São Cipriano e Jacó
(2x)
Trabalha com chuva e vento
Trabalha com a lua e o sol
(2x)

***

Oxóssi na mata é rei,
Oxóssi na mata é,
Quem passa pelos caminhos,
Sem deixar marca do pé.

Caboclo não desacata,
Caboclo sabe quem é,
Quem anda dentro da mata,
Sem deixar marca do pé.

Oxóssi na mata é rei,
Oxóssi na mata é,
Quem passa pelos caminhos,
Sem deixar marca do pé.

Ele tem flecha e bodoque,
Ele tem lança e cocar.
Na mata está o seu reino,
E na mata reinará.

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Pontos de Oxum

Eu vi Mamãe Oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírios, lirio ê
Colhendo lírios, liriô a
Colhendo lírios pra enfeitar nosso Gongá.

***

Eu vi Mamãe Oxum chorando
Foi uma lágrima que eu quis aparar
Oraieieu Minha Mãe Oxum
Não deixe a nossa Umbanda se acabar.

***

A cachoeira de Mamãe Oxum
É tão bonita que dá gosto ver
As águas rolam, as águas brilham
Mas que beleza, mamãe
Que maravilha!
Aie ie ó Mãe, me pega me joga no ai eu ô!

Ponto de Abertura

Vou abrir minha Jurema
Vou abrir meu Juremá
Vou abrir minha Jurema
Vou abrir meu Juremá
Com licença de mãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
Com licença de mãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá

Já abri minha Jurema
Já abri meu Juremá
Já abri minha Jurema
Já abri meu Juremá
Com licença de mãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
Com licença de mãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá

***

Eu abro a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu abro a nossa gira
Sambolê pemba de angola

Gira, Gira, Gira, os Caboclos
Sem sua gira eu não posso trabalhar
Assim, assim, na fé de Ogum meu pai (Ogunhiê)
Sem gira eu não posso trabalhar

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